A aposta olímpica do Rio de Janeiro

A aposta olímpica do Rio de Janeiro
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Cidade sediará uma das maiores competições de esporte do mundo. Organizadores do evento acreditam no impacto de longa duração – legado dos jogos – para o turismo brasileiro.

 

Por Cordel de Achados/ Fotos Pixabay e Divulgação

A esta altura do campeonato, ou melhor, faltando pouco para efetivamente ele começar, é bem improvável o desconhecimento de algum brasileiro sobre a proximidade da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Tá certo, talvez a data das disputas ainda não esteja tão fixada. Nesse caso, anota aí. O jogos acontecem entre 5 e 21 de agosto. Já as disputas da Paraolimpíadas estão programadas entre 7 e 18 de setembro.

O Brasil está apostando nesses dois dos maiores eventos esportivos do calendário mundial para turbinar o turismo no país. Pelo menos, a promessa dos organizadores, leia-se governo, é de que as Olimpíadas são cenário perfeito para atrair a atenção de milhões de pessoas. Ops! Bilhões melhor dizendo. Afinal, estamos falando de competições televisionadas para todo o globo. Para audiências da China e Índia, e seus habitantes na casa dos bilhões.

A dimensão gigantesca da visibilidade mundial é um dos motivos para a defesa do legado do turismo para as cidades-sede do evento e, por tabela, sua expansão para outras localidades do país anfitrião. Aliás, é bom lembrar: esta será a primeira vez em que a chama olímpica será acesa na América do Sul. Coube ao Brasil sediar esse momento.

 

UM POUCO DE HISTÓRIA

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro

Rio de Janeiro. Vista do Corcovado.

 

Antes de ser escolhido como sede dos jogos, em 2009, o Brasil e lós hermanos argentinos haviam se candidatado, em 1936, para as competições. À época, os dois países foram preteridos. Foram necessárias sete décadas para a candidatura de uma cidade sul-americana ser aceita. A conquista, por assim dizer, foi alcançada pela capital fluminense. Pelo charme de seu povo e inegável beleza natural urbana. Vale perguntar: onde mais se convive em uma metrópole entre lagoa, montanhas, rios, matas e praias paradisíacas? Tudo junto ao mesmo tempo agora, como em um balé sinuoso e harmônico? Onde mais?

 

ENTRE FLORES E ESPINHOS

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro. Uma das quatro regiões escolhidas – Barra, Maracanã e Deodoro – para receber as instalações. Foto: Pixabay/ Assy.

 

Nem tudo nessa história são flores. Principalmente no sentindo de atrair estrangeiros dos quatro cantos do mundo, desejo de seus organizadores. Apesar dos diversos atrativos, a cidade do Rio de Janeiro é, também, conhecida como um local violento, com reais riscos de assalto. Cidade onde há problemas urbanos de deslocamento, dificultando passeios dos turistas mais incautos. Sem contar com a carestia dos preços dos serviços, por vezes, beirando o nonsense.

Ah, e tem, também, as doenças de ocasião afugentando alguns. Neste ano, o aedes aegypti, mosquito propagador da Chikungunya, Dengue e Zika, ganhou as primeiras páginas dos jornais internacionais, diga-se de passagem. Fez a Organização Mundial de Saúde emitir alerta mundial para possíveis interessados em desembarcar em solo brasileiro sobre a necessidade de se precaver contra essas doenças. Muitos já se afugentaram pela iminente possibilidade de contrair alguma dessas arboviroses.

 

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Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. Segundo ponto turístico mais frequentado por visitantes. Perde apenas para o Cristo Redentor. Foto, Pixabay/ Heibe.

 

“Este é um grande momento para o mundo conhecer melhor o Brasil.” Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo

 

De volta à contenda olímpica em si, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, em reuniões para preparação dos jogos, com outras autoridades, entre elas o ministro do Esporte, George Hilton, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o vice-governador do Estado, Francisco Dornelles, declarou à imprensa, que este é um grande momento para o mundo conhecer melhor o Brasil. ”Receberemos 206 países e 25 mil jornalistas. A Olimpíada, sem dúvida, é momento para o mundo descobrir o novo Brasil que queremos fazer. O turismo é um de seus grandes legados”, acredita.

De acordo com dados do Ministério do Turismo, espera-se qualificar nove mil trabalhadores no receptivo do contingente internacional e, também, do público nacional. O público-alvo para a capacitação profissional são donos de barraca e quiosque, vendedores de praia, entre outros.

 

TURISMO: R$ 14,5 MILHÕES E VISTO FACILITADO

Brasília, Distrito Federal. Olimpíadas 2016 - Cordel de Achados

Salvador sediará alguns dos jogos ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Foto, Pixabay/ Guto Lordelo.

 

Há, também, a estimativa de investimento da ordem de R$ 14,5 milhões em sinalização das localidades. Entenda-se instalação de placas, iluminação adequada, pintura, entre outras benfeitorias do mobiliário urbano para orientar melhor visitantes.

Para incentivar o turismo esportivo, o governo também reformulou a política de emissão de visto, durante o período dos jogos, para alguns estrangeiros. Isentou pessoas de localidades consideradas estratégicas, como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália. Espera-se grande fluxo dessas localidades.

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Acesse o site dos Jogos Olímpicos. Lá, tem o relógio contando os minutos para a abertura, o número de atletas esperados, a programação etc.
Visite, também, o site da Paraolimpíadas. Todas as informações do evento estão por lá.
E no site do Ministério do Turismo, além de detalhes sobre os jogos, há informações sobre outros destinos de viagem a serem explorados.